Seminário de Pesquisa em Filosofia 2018

  • Postado em 20 de fevereiro de 2018

 

O Seminário de Pesquisa em Filosofia da UFCA é uma iniciativa do colegiado do curso de Filosofia que tem como objetivo ser um espaço de apresentação de trabalhos de pesquisa em filosofia dos professores e professores do curso de Filosofia da Universidade Federal do Cariri. Em médio prazo, esperamos que esta atividade, se bem-sucedida, possa surgir a proposta de um programa de pós-graduação em Filosofia na UFCA.

O tempo de duração é de até 40 minutos para exposição e 1h para discussão, com a participação opcional de um comentador.

Segue o calendário previsto das apresentações:

-26 de Março 

Profa. Dra. Maria Célia

Título: O binômio ordem – desordem nos “Diálogos Filosóficos“ de Agostinho de Hipona

Resumo: A questão que pretendemos desenvolver é, exatamente, demonstrar como Agostinho deixa explícito um percurso (que pretendemos resgatar) que parte do conhecimento de si até a apresentação de um modo de agir ordenadamente, em meio à desordem aparente de todas as coisas. É que a vida aponta para algo mais, além da simples capacidade de “entender” as coisas, de alcançar a inteligibilidade do real: aponta para a necessidade de conseguir lidar com a diferença, com o que nos parece irracional, com o que nos deixa perplexos e, depois, encontrar algo que valha a pena e nos possa dar um sentido. Precisamos de alguma maneira, ou não, checar se a realidade garantida a cada uma das partes, dos seres, é apenas um minúsculo fragmento de algo muito maior que está para além do efêmero mundo reduzido das individualidades. Partimos da convicção de que a pergunta filosófica não está circunscrita apenas à pergunta pela essência e o ser do todo da realidade, mas, também, pelo seu valor e sentido existencial. Assim, o que podemos ir descobrindo nas nossas investigações filosóficas não tem que ser indiferente ao teor da existência, mas, antes, deve incidir sobre ela.

Palavras-chave: Agostinho; Ordem; Desordem.

Local: sala 33

Horário: 14:30

 


 

-25 de Abril 

Prof. Dr. Luiz Manoel

Título: Empirismo, subjetividade e linguagem: considerações acerca da filosofia contemporânea

Resumo: O propósito do seminário é promover discussões sobre algumas correntes de pensamento filosófico em torno do que vem a ser subjetividade. A proposta busca elucidar como a partir da subjetividade, o sentido de mundo e de linguagem ganham novos estatutos passando a ser relacionado aos horizontes em que ocorrem fenômenos, fatos e eventos. A partir das considerações de Hume ( 1711-1776), Husserl ( 1859-1938) e Deleuze (1925-1995) busca-se inicialmente apresentar os posicionamentos destes pensadores, sobre a constituição e definição da subjetividade, a partir de uma zona de vizinhança entre o psicológico e o transcendental. A busca de explicitar tais proximidade remete ao modo de expressá-las, através de proposições, no âmbito da linguagem. O seminário trará algumas incursões ao empirismo, à fenomenologia e à filosofia do acontecimento; fazendo as seguintes indagações:

1) Como a subjetividade, constituída por princípios de associação de ideias, aparece em meio à experiência definida como fonte emissora de impressões ?;
2) Como a fenomenologia procura estudar o tema da subjetividade, demarcando inicialmente sua fronteira em relação à psicologia, à lógica e à matemática?;
3) Como os fenômenos podem ser estudados partir das significações dos atos psíquicos enquanto intencionais?;
4) Como os fenômenos podem ser significados a partir do que se mostra na linguagem?
5) Como a lógica dos exprimíveis pode ser pesquisada em relação ao que acontece aos corpos e ao que é expressado, enquanto sentido, pelas proposições na linguagem?

Palavras-chave: empirismo; subjetividade e linguagem.

Local: 68

Horário: 14:30

 


 

-16 de Maio 

Prof. Me. Ricardo Dias de Almeida

Título: O problema da objetividade dos juízos na filosofia teórica de Kant.

Resumo: Pretendo mostrar que a partir da definição de juízo do §19 da dedução-B da Crítica da Razão Pura é possível sustentar que:  1) os “juízos” de percepção (relação de associação segundo leis da imaginação reprodutiva) não são propriamente juízos, o que significa dizer que Kant modifica na 2a. edição da Crítica da Razão Pura a definição de juízo e redimensiona a distinção entre juízos de experiência e juízos de percepção, estabelecida nos Prolegômenos; 2) que os juízos sintéticos de experiência e os sintéticos a priori que pertencem ao campo da expeciência possível são válidos objetivamente; 3) que os juízos analíticos também são válidos objetivamente, mas por razões estritamente lógicas, portanto de forma diferente da validade objetiva dos juízos sintéticos; 4) que os juízos sintéticos a priori metafísicos são efetivamente juízos, mas não possuem validade objetiva. Além disso, relacionarei essa discussão a respeito da validade objetiva de um juízo com a noção de (valor de) verdade. 

Palavras-chave: empirismo; subjetividade e linguagem.

Local: 36

Horário: 14:00


 

-13 de Junho

Prof. Me. José Gladstone